Uma pesquisa realizada pelo Instituto Crescer, divulgada pelo UOL, constatou que quase metade dos professores (46%) não sabe se os estudantes estão, de fato, aprendendo nas aulas online. Já se passaram mais de seis meses desde o fechamento das escolas e da suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia de coronavírus.
LEIA MAIS:
- Como reduzir o estresse das crianças no ensino remoto
- Seis maneiras criativas de promover o distanciamento entre crianças
- Como montar um espaço de estudos ideal para crianças e adolescentes em casa
Foram entrevistados 528 professores de educação básica e do ensino superior que atuam em escolas públicas e privadas, entre os dias 1º e 17 de setembro, por meio de um formulário virtual.
O levantamento mostra também que 87% dos docentes usam recursos tecnológicos diariamente para realizar as atividades remotas com os alunos. Além disso, os professores estão se esforçando para se adequar aos novos modelos de educação.
A maior parte deles (61%) afirma não ter contado com ajuda externa para aprender a utilizar os recursos tecnológicos necessários para a realização das atividades virtuais, enquanto 54% dizem ter recebido orientações de colegas professores. Já 42% alegam ter participado de programas de formação institucional.
“Eles já estão conseguindo redesenhar suas aulas, estão conseguindo usar tecnologias, estão pensando em novas propostas de avaliação, mas tudo isso é um processo muito inicial”, afirma Luciana Allan, diretora do Instituto Crescer, ao UOL.
Para a especialista, é preciso investir na formação dos educadores para que eles possam explorar melhor os recursos tecnológicos à disposição para as práticas pedagógicas, transformando as aulas online em oportunidade de aprendizado significativa para os estudantes.
A maior frustração para 57% dos professores durante a pandemia foi a constatação de que, por maior que seja o empenho deles, poucos alunos aproveitam os conteúdos digitais para fins pedagógicos por falta de infraestrutura.
Quase metade dos docentes (48%) tenta adaptar completamente as atividades previstas para a sala de aula ao ambiente virtual e 44% dizem fazer pequenos ajustes no conteúdo para que elas sejam mais adequadas ao ensino a distância.